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DURO DE MATAR 5/Crítica – um vazio à saída do cinema

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Bruce Willis retorna com o quinto filme da franquia Duro de Matar, que já se saiu bem nas bilheterias internacionais. Mas será que se trata de um filme que faz jus aos belos trabalhos de John McTiernan (o primeiro e o terceiro Duro de Matar)?

Bruce Willis e Jai Courtney em cena de DURO DE MATAR - UM BOM DIA PARA MORRER

Bruce Willis e Jai Courtney em cena de DURO DE MATAR – UM BOM DIA PARA MORRER

Há atores que se preocupam com bons roteiros. Só entram num novo projeto se há um roteiro bom. E também se preocupam com o sujeito que irá dirigi-lo. Ao que parece, não deve ser o caso de Bruce Willis, que está rodando um filme atrás do outro pura e simplesmente pelo dinheiro. Uma franquia que rendeu três filmes bem decentes nas décadas de 80 e 90, dois deles dirigidos por um mestre do cinema de ação como John McTiernan, acabou retornando com cineastas medíocres no comando. Mesmo assim, Duro de Matar – um Bom Dia para Morrer (A Good Day to Die Hard, 2013) acabou tendo uma excelente abertura no mercado internacional. Só não sei se haverá um boca-a-boca positivo, a fim de que o filme se mantenha no topo do Ranking.

O diretor da vez é John Moore, de Atrás das Linhas Inimigas (Behind Enemy Lines, 2001) e dos remakes O Voo da Fênix (Flight of the Phoenix, 2004) e A Profecia (The Omen, 2006). Quer dizer, não é um diretor ruim, mas não chega a ser nada admirável no meio. O que o novo filme tem de bom em relação a, por exemplo, Duro de Matar 4.0 (Live Free or Die Hard, 2007), de Len Wiseman, é que as cenas de ação parecem mais “verdadeiras”, com aparentemente menor utilização do CGI. Mas, por outro lado, as tais cenas são porcamente editadas, mal dando para entender direito o que está acontecendo. Refiro-me principalmente à primeira grande sequência de perseguição de carros e caminhões e sua montagem excessivamente picotada.

Outro problema, o roteiro fraco, e até poderia ser resolvido com um bom diretor, mas, como não é o caso, a história fica boba mesmo, com o velho tema do resgate. No caso, o resgate do filho de John McClane (Willis), Jack (Jai Courtney), de uma prisão na Rússia. O que ele não sabia era que o sumido filho havia se transformado em um espião da CIA. O bom e velho McClane acaba se envolvendo na história e ajudando o filho. A missão do agente da CIA não passa de uma mera justificativa para as cenas de ação, não havendo lá muita importância. Basta dizer que envolve armas nucleares.

O vilão de DURO DE MATAR - UM BOM DIA PARA MORRER, vivido por Rasha Bukvic

O vilão de DURO DE MATAR – UM BOM DIA PARA MORRER, vivido por Rasha Bukvic

O clímax acontece na cidade deserta de Chernobyl. Curiosamente, no filme de horror Chernobyl (Chernobyl Diaries, 2012), havia guardas impedindo a entrada de pessoas estranhas na cidade, até para evitar o envenenamento pela radiação, que ainda é muito forte no local. Isso não acontece neste quinto Duro de Matar. Uma explicação possível é que os roteiristas devem ter achado que se deter nisso poderia atrapalhar o ritmo do filme. Não foram muito felizes nesse sentido.

Assim como também não foram felizes na construção do complicado relacionamento entre pai e filho, que acaba não ganhando força nenhuma na trama. No mais, não faltam as tradicionais cenas absurdas (gostei do carro passando por cima do caminhão-cegonha), quedas de vários andares sem quebrar um osso do corpo, muito barulho (o som do cinema, em geral, nesses filmes, é potencializado) e um grande vazio ao se sair da sessão. Uma coisa é certa: se quiseram fazer um sexto filme, é bom que façam algo minimamente bom, já que os cinemas já andam abarrotados de lixo por todos os lados. Principalmente vindo de Hollywood.

Ficha técnica

DURO DE MATAR – UM BOM DIA PARA MORRER (A Good Day to Die Hard, EUA, 2013), de John Moore. Com Bruce Willis, Jai Courtney, Sebastian Koch, Yuliya Snigir, Mary Elizabeth Winstead, Rasha Bukvic, Cole Hauser, Amaury Nolasco, Megalyn Echikunwoke, Anne Vyalitsyna, Attila Árpa. 96 min. Fox. 12 anos.

Veja o trailer

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

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